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terça-feira, 13 de abril de 2010

Apresentação do Livro "Felpo Filva"


Além dos aspectos teóricos e práticos discutido em cada fascículo algo que marca os encontros do Pró-Letramento de Alfabetização e Linguagem são as sugestões apresentadas pelo tutor e também pelos demais cursistas sobre o trabalho diferenciado sobre na alfabetização e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Na ocasião do 9º Encontro Presencial, o tutor Adriano Miranda realizou a apresentação do livro “Felpo Filva” aos cursistas do Pró-Letramento. Por qual motivo?

O livro é infanto-juvenil e propicia, de forma lúdica, a discussão do ensino de gêneros e suportes textuais na sala de aula.
Uma sugestão didática que pode ser trabalhada em sala de aula com os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental pode ser conferida no seguinte link: http://www.megaupload.com/?d=E8BVNVHE

Boa leitura... e bom trabalho em sala de aula com esta obra fantástica de Eva Funari...
Um Big Abraço aos cursistas e aos visitantes!!!... Adriano TJ

Estudo em Grupo do Fascículo 3


Além dos trabalhos individuais e das trocas de experiências entre os cursistas algo que também é priorizado nos encontros presenciais são os trabalhos em grupo. Na fotos, os cursistas foram divididos em 3 grupos para discutirem os aspectos teóricos e práticos do fascículo 3, a saber:

• Os tempos da leitura na sala de aula;
• Os tempos de escrita na sala de aula;
• Planejamento.

No próximo encontro, os cursistas realizarão a explanação e a discussão dos pontos principais abordados neste fascículo. Então, você que é cursista... Não perca o próximo encontro presencial... e você que nos visita fique atento para saber como foi a apresentação dos grupos!


Realização da Dinâmica: "Que amigo você me considera?"



Para dinamizar o encontro do Pró-Letramento, o tutor direcionou a dinâmica “Qual amigo você me considera?”. Na realização da dinâmica houve a participação unânime de todos os cursistas e criou-se um clima de descontração e alegria. Gostaria de conhecer mais detalhes desta dinâmica? Ela está disponível no seguinte link: http://www.megaupload.com/?d=OM9X0KS0

Abertura do 9º Encontro Presencial


O 9º encontro presencial da turma de Alfabetização e Linguagem do Pró-Letramento foi dedicado a conclusão do fascículo 2: Alfabetização e Letramento: Questões sobre Alfabetização.
Neste encontro, os cursistas foram levados a refletir sobre o anexo do Fascículo 2 que trata sobre a Matriz de Referência e dos Descritores avaliados pelo Ministério da Educação na Provinha Brasil e na Prova Brasil. Após os debates e questionamentos o tutor Adriano Miranda realizou a explanação de introdução do Fascículo 3: Organização do tempo pedagógico e o planejamento de ensino.
Os slides utilizados pelo tutor está disponibilizados nos seguintes links abaixo relacionados:

Avaliação Diagnóstica na Alfabetização – discussão do anexo 2: http://www.megaupload.com/?d=8YTJRII0

Introdução ao Fascículo 3: “Organização do Tempo Pedagógico e o Planejamento de Ensino”http://www.megaupload.com/?d=QTZMKIYG

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Contação de Histórias - Momento "mágico e encantador"


No 8º Encontro do Pró-Letramento foi dedicado também à contação de história. Neste encontro foi apresentado aos cursistas a importância do momento de contar histórias infantis ser atraente e que os alunos percebam o lado “mágico” e “encantador”. Na foto, o tutor Adriano Miranda contou a história do livro “Minhas férias, pula uma linha, parágrafo”, da Cristiane Gribel. Este livro faz uma reflexão muito importante sobre a prática de produção de texto principalmente sobre a prática de redação adotadas no início do ano letivo – “redações torturas” centradas na prática de “... faça uma redação sobre suas férias”.
Animação total e íntegra atenção dos cursistas à contação de história.

Realização do 8º Encontro Presencial


No último dia 05 de Abril de 2010 aconteceu o 8º Encontro do Programa de Formação Continuada para os Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental – Pró-Letramento – da turma de Alfabetização e Linguagem. Este encontro foi dedicado a socialização e sistematização do Fascículo 2: Alfabetização e Letramento: Questões sobre avaliação. Este fascículo analisa as concepções de avaliação perpassando pela visão burocrática partindo para a prática avaliativa tendo como foco o monitoramento e diagnóstico. Neste fascículo os cursistas tiveram o contato com as diversas possibilidades de avaliação formativa tais como: o uso do portifólio, observação e registro e auto-avaliação. O slide da apresentação utilizado pelo tutor pode ser baixado no seguinte link: http://www.megaupload.com/?d=QVTQ1EFJ

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Gigolô das Palavras - Luís Fernando Veríssimo

O GIGOLÔ DAS PALAVRAS
Luís Fernando Veríssimo

Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). Mas, os alunos desfizeram o equivoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, comover... mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática). A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas – isto eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho também o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-se com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda. (O grifo é meu)


Retirado de: MIRANDA, Adriano Pereira de. O lugar da gramática no ensino de língua portuguesa: uma abordagem crítica e reflexiva. Guaraí: FUNDEG/FAG, 2005, p. 5, 6.